Em alguns momentos, parece que o barco da nossa vida vai virar. Que a tempestade irá destruir tudo, que os revezes nos farão sucumbir.
A tela acima foi pintada em 1633. É do pintor holandês Rembrandt e se chama "Tempestade no Mar da Galileia". Tente observar os detalhes dessa obra fantástica (curiosidade: o pintor se projetou na tela, por isso um total de 14 homens..)
No Evangelho de Lucas, cap. 8, versículos 22 a 25, lemos que Jesus saiu com seus discípulos pelo mar da Galileia, quando foram surpreendidos por uma tempestade. Apesar do perigo, o Mestre dormia tranquilamente. Ao ser acordado em razão do medo vivido pelos apóstolos, recriminou-os, chamando-os “Homens de pouca fé". Em seguida ordenou que parassem os ventos e assim se fez.
Agora pense nos dias atuais, nas turbulências do mar da vida, nos dias de pandemia, nas lutas que são tuas e da humanidade.
Como percebe o barco da tua alma?
Parece-me que a sugestão do Mestre é: acalma-te, trabalha e confia!
Estas posturas (calma, trabalho e confiança) são o resultado de uma fé robusta, que nasce da certeza de que o barco, por pior esteja o mar da existência, não está à deriva. Deus sustenta e guia.
Mas cabe aos marinheiros a força do trabalho, remando na direção do porto seguro.
Sim, muitos morrem nas travessias, talvez eu também saia do cenário terrestre numa tempestade.
Mesmo assim, tudo está conforme o necessário.
O momento é de aprendizagem na experiência.
De exercício da força.
De apoio e compaixão...
Lembrando que não existe caos, mas convite.
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